Admito. Não a ele, a mim mesma. Admito que me deixou.. danificada. É essa a palavra que usam, certo? Admito que não consigo acreditar numa relação estável, que dure o tempo suficiente. Eu sei que o tempo nunca é suficiente, mas mesmo assim. Observo uma relação e questiono-me quanto tempo demorará até ver aquela rapariga com a típica dor no seu rosto, com aquele sorriso falso tão comum, aquela força interior que finge que tudo acabará depressa.. Questiono-me se é possivel ultrapassar tudo depois de se habituar a esperar o mínimo de cada pessoa, depois de esperar sempre uma "daquelas" palavras, a ver cada noite como uma surpresa por não ter acabado com lágrimas, de não ter acabado com um "adeus".. Se é possível, depois de tentar enganar a dor de nós próprios, de tudo o que já fizemos para não.. morrer emocionalmente. Não é difícil amar, mas sim entregar-nos, dizer um "preciso de ti", a própria palavra sempre ou até ter actos impulsivos sem serem pensados, que não pensam numa possível desilusão, cegos de felicidade e confiança. Tudo isso é difícil. Como escrever estas palavras, sabendo que se é uma pessoa descontraída que ri levando tudo na brincadeira, principalmente quando alguém demonstra os seus sentimentos de uma forma mais séria. Uma pessoa que raramente diz por palavras o que sente e o quanto são importantes para ela, numa tentativa de não levar palavras muito a sério. Mas é verdade, esta pessoa tem uma marca do passado que finalmente se está a tornar mais leve.
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